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MONÓLOGO POÉTICO FINAL DO PERSONAGEM LIBÉRIO QUE ESTÁ SEMI NU NA CENA DA PEÇA CORPO ENCLAUSURADO

Por Rafael Dias


Quando vim ao mundo estava nu,

E sentia medo pelo o que viria,

Fui carregado e apenas chorei,

Deixaram-me perto da minha mãe

E o medo se foi.

Hoje estou nu...

E não sinto medo,

Talvez algumas lágrimas venham,

Mas carregam o peso da minha coragem,

Estou nu, pois, não quero ser uma vitrine,

Exibindo marcas que nem conheço nas roupas,

Não quero carregar rótulo nas meias,

Não quero ser mais um reflexo de um padrão,

Quero gritar e mostrar ao mundo a minha Arte,

Será que é pedir muito?

Me digam... Me falem... O que fiz para ter o meu corpo enclausurado?

Enclausurado por um sistema que mata a vida,

Um sistema que não tem música e as pessoas não dançam.

Não quero ser mais um na multidão,

Não quero dar pipoca aos pássaros num domingo à tarde.

Quero viver, quero dançar a dança da vida.

Pois sou um artista,

Um artista com alma livre,

E apesar de carregar um histórico de um passado de opressão,

Olha para um amanhecer, onde a liberdade de expressão exista.

Sou um corpo enclausurado, sim...

Mas minha alma possui asas,

E seu voo é magnífico, me sinto pleno e vivo.

Pois vivo meus sonhos e luto para torná-los reais.

E você, sente seu corpo enclausurado?

Liberte-se e experimente uma nova Era...

Onde a Arte está estampada na vida

E a vida estampada na Arte.

Vem!

 

Rafael Dias, 32 anos, natural de Araras – SP, escritor, Pedagogo, pós-graduado em Ensino de Artes, Ator (DRT 42827/SP) e criador-interprete em Dança Contemporânea. Terapeuta Energético em: Reiki Xamânico, Mestre Reiki Tradicional Usui, Reflexologia e Cromoterapia. Obras: Self – A Magia Ancestral: Sementes (Editora Protexto) e o O Poder dentro de você (Editora Hope).




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