O amor sempre nos pega despercebidos, nos toma de assalto e nos instiga, eleva e transforma, mas, é fato, o processo sempre dói.
O amor se faz presente na força que encontramos para respirar, quando o nó das circunstâncias nos aperta a garganta e a ansiedade lambe como um cão insistente a nossa face, fazendo o coração palpitar, ora de alegria, ora de medo.
O amor não aponta o dedo em riste ante nossa face ruborizada de pavor, de desejo, de vergonha. Mas, estende uma mão complacente e acolhedora que se apieda de nossa humanidade, embora, às vezes, cobre um preço muito alto por cada afago. Preço que nem sempre estamos dispostos a pagar, visto que o fardo de existir já é, por si, bastante pesado.
Por isso, em poemas ou em contos, mas sempre exalando poesia, Só pode ser cinismo é breve tratado da força disruptiva do amor. E, para os mais pragmáticos, é um ótimo livro, mas, para quem ama, é um rio, um rio incandescente, donde fluem humanidades latentes: paixões que brotam de crises, desejos que espocam da dor, angústias que reverberam em ondas que, no fim, equilibram o caos que grita dentro nós. Nesse livro, até mesmo a amargura enxertada profundamente nas almas mais fustigadas pela indiferença é arrancada, desde a raiz, pela mão cansada, porém, sempre firme do amor, provando que, por mais que o desprezemos, é ele que nos reergue, ainda que o caminho por ele traçado nunca seja aquele que fora meticulosamente escolhido pelo coração dos amantes. Amor é metanoia!
E o mais próximo que nossa natureza pode chegar de uma apoteose é amar.
SÓ PODE SER CINISMO
Editora: Hope; 1ª edição - 2020
Idioma: Português
Capa comum: 122 páginas
ISBN: 9786555030228
Dimensões: 16x23cm
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