POR: MONIQUE CRISTINA

Últimamente eu tenho muito a dizer mas tenho dito pouco.
Para ser sincero meu coração se tornou um jardim que cultiva flores e pensamentos na eterna esperança que atraia, em algum momento junto com a primavera, as borboletas e os cantos dos mais diversos passarinhos.
É que eu aprendi a cultivar o que eu penso para deixar tudo florescer dentro de mim para o meu próprio prazer.
Porém não aprendi a podar pensamentos negativos e nem aqueles que crescem demais ao ponto de tomar conta do meu coração…
Talvez seja um mal do mundo do momento
Sentir, cultivar, falar, pensar e nunca ouvir.
É que o mundo tem mudado demais e tem sido mais fácil se fechar num jardim secreto interno…
A sociedade tem sentido demais,
Cultivado seus próprios egos,
Falado somente o que querem ouvir sem parar para refletir,
Pensado só em si!
E quando se torna tão egoísta ao ponto de criar um jardim belo só para si imagina que ninguém está pronto para ouvir os passarinhos presentes em outros jardins.
É que no fim é mais facil se fechar dentro de si porque o mundo lá fora está sendo muito assustador com tanta gente nublada e assustada com a realidade da selva de pedra.
E eu continuo criando um terrario pequeno dentro do meu coração, pois eu também faço parte deles…
Cultivando belas flores com as chuvas de pensamentos da minha mente.
Talvez se eu tivesse notado no início teria impedido meu jardineiro interior de plantar mais do que posso suportar mas eu não percebi por conta da chuva.
Talvez eu veria mais o sol se tivesse notado no começo…
Talvez o sol brilhasse mais em mim se eu tivesse dito mais…
Compartilhado meus pensamentos…
Escutado os passarinhos dos jardins dos outros…
Cultivado mais momentos do que pensamentos tudo fosse diferente…
Mas ultimamente o tempo tem mudado e nem a primavera é a mesma.
E eu, mero sonhador, ainda espero que com meu jardim interno atraia o mais belo sol, os mais deliciosos cantos dos passarinhos e as mais coloridas borboletas juntos com bons pensamentos.
Pois eu ainda tenho fé que o meu florescer me ensine a podar as ervas daninhas que invadem meu o jardim.
É que eu sei que até mesmo o jardim mais belo pode ter suas ervas daninhas e dias nublado.
Mas a primavera de verdade à de chegar pois eu escuto a batida do meu coração gritando seu desejo ritmado para fora
Flore… ser….flore… ser… flore…ser… Florescer!
Irei deixar as florescer que crescem dentro do meu peito saírem de mim e mostrarem meu mais
belo ser…
Notas da escritora
Esse texto é um olhar pessoal sobre o momento atual onde se inicia a primavera com um frio rigoroso, saímos de uma pandemia sem empatia ou como lidar com o outro, estamos vivendo uma guerra política que nos afasta das pessoas e a única coisa que conseguimos fazer é nos fecharmos em nos mesmo. Porém ainda temos esperança de que virão primaveras mais quentes, aumento da empatia e a união das pessoas. O texto também se basea na música do Capital inicial - Primeiros erros pois me traz esse sentimento de reflexão sobre se tivesse feito parar chover nos primeiros meu corpo seria sol, seria luz.
Grata pela oportunidade,
Monique Cristina

Biografia:
Monique Cristina, 22 anos, escritora, palestrante, comunicadora, acadêmica AVLA e estudante de filosofia. A Taubateana nasceu com uma doença rara de pele conhecida como "pessoas borboletas", por conta de questões genéticas que tornam a pele sensível como a asa de uma borboleta. Aos 14 anos lançou o primeiro livro "Isabelle Christine: entre dois mundos"; e desde então se tornou palestrante para mostrar que tem tem uma doença rara mas não é a doença.
Atualmente estuda filosofia com almejo de trabalhar com ciências sociais para ajudar a pessoas como ela a serem inclusas na sociedade e escreve seu segundo livro onde falará de forma mais poética e ficcional sua forma de ver o mundo contando histórias que ouviu, viveu ou imaginou.
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